Home / 5 tipos de controle de estoque: saiba qual usar em sua empresa!
A gestão de controle de estoque é fundamental para o sucesso de qualquer empresa. Um bom controle pode fazer a diferença nos resultados, impactando diretamente os lucros ou até gerando prejuízos.E você, sabe exatamente quantos produtos tem em estoque? Se não, isso pode causar problemas na produção, na administração e até nas vendas do seu negócio.A gestão de estoque vai além do simples controle de entradas e saídas, se fosse apenas isso, uma planilha resolveria facilmente. Para quem está começando a se preocupar com esse tema, pode ser confuso descobrir que existem diferentes métodos e abordagens para gerenciar e controlar o estoque de forma eficiente.Neste artigo, vamos apresentar cinco modelos de gestão de estoque e mostrar como você pode implementá-los na sua empresa de forma prática.
O que é controle de estoque?
O controle de estoque é o processo que envolve a organização de materiais, compra, armazenamento e venda de produtos, com o objetivo de acumular recursos para viabilizar as operações da empresa.Além disso, ele desempenha um papel crucial no planejamento de recursos, ajudando a reduzir custos desnecessários e a aumentar os lucros. Com uma gestão eficiente, é possível otimizar os recursos, melhorar a operação e maximizar o retorno financeiro da empresa.
A importância do controle de estoque
À primeira vista, o controle de estoques pode parecer simples: "é só saber quantos produtos tenho para venda", certo? Esse é um erro comum em muitas empresas. Quando a gestão de controle de estoque é feita de forma inteligente e estratégica, com o suporte da tecnologia, ela se torna um fator-chave para o sucesso empresarial. Além de otimizar processos, ela contribui diretamente para transformar a operação em uma verdadeira indústria 4.0.Na indústria e no varejo, um controle de estoque bem feito faz com que a velocidade de giro do estoque seja superior, um indicador importante da gestão. A relação com os fornecedores também pode ser favorecida, já que o setor de compras tem mais controle sobre as necessidades reais da produção. Dessa forma, garante que o SLA seja cumprido e tem, ainda, mas poder de negociação. Além disso, uma boa gestão de estoque impacta diretamente na organização dos documentos, essencial para que todas as áreas da empresa trabalhem de maneira integrada. Para que a engrenagem da sua empresa funcione de forma otimizada, é crucial que esses setores estejam em sintonia. Convencido de que vale a pena investir na gestão de estoque? A seguir, apresentamos 5 modelos que podem ser aplicados – e você pode escolher o mais adequado para sua empresa conforme as diferentes épocas e sazonalidades da produção.
Estoque de antecipação
Como o próprio nome sugere, o estoque de antecipação é aquele quando o gestor determina que a produção precisa se preparar para uma grande demanda. Normalmente, acontece em sazonalidades específicas como datas comemorativas ou períodos do ano onde as vendas são maiores. Uma fábrica de chocolates, por exemplo, precisa se preparar para o aumento da demanda no período da páscoa. Outro exemplo são empresas de itens de tecnologia, como TV e câmeras fotográficas, que costumam aumentar significativamente suas vendas na época do Black Friday ou Natal. Dessa forma, um estoque preparado para atender essa demanda contribui com o sucesso de lucros da companhia e atende o desejo de compra do público.
Estoque de ciclo
Já o estoque de ciclo é adotado por empresas que produzem produtos diversos ou com diferentes elementos, porém, não conseguem realizar esse processo simultaneamente. Na fabricação de um armário, por exemplo, a produção não consegue fabricar, ao mesmo tempo, as gavetas e as portas. Dessa forma, a gestão determina a produção de uma quantidade de portas para, depois, produzir as gavetas. Em caso de empresas que comercializam diferentes produtos simultaneamente, sem grande influência sazonal, a decisão pode ser por produzir um grande volume de cada um desses produtos por vez. O ciclo econômico da produção é o motivo estratégico para adotar esse modelo. Ele contribui muito para a otimização do uso de grandes máquinas e equipamentos - que serão ligadas e desligadas poucas vezes - e, também, na diminuição do custo unitário de um produto ou componente. A decisão por este modelo de estoque impacta diretamente, também, no setor de compras, que pode ter mais poder de negociação com fornecedores ao comprar excesso de uma mesma matéria-prima.
Estoque máximo
Este modelo determina o volume máximo de estoque que a sua empresa terá de um produto ou componente. Esta definição deve considerar o espaço físico, a capacidade produtiva, volume de matéria-prima e ciclo de venda dos produtos. A determinação de estoque máximo é outro fator que contribui com o setor de compras, que tem mais possibilidades de negociação na hora de adquirir novos materiais para a produção - que, nesse caso, produz em grande quantidade para ter grande volume de estoque armazenado. Este tipo de gestão de estoque precisa estar alinhado com a gestão estratégica do processo produtivo. Afinal, é necessário determinar por quanto tempo esses produtos poderão ficar em estoque. Isso evita problemas como perder produtos perecíveis e, claro, indisponibilidade de produtos em períodos de grandes demandas.
Just in time
Bem diferente de todos os modelos anteriores, o Just in time tem a premissa de não acumular estoque. Ele é baseado, em geral, na ideia de que nenhum produto deve ser produzido ou transportado antes do tempo. Sim, a eficiência no transporte e no processo de logística é fator importante nesse modelo de estoque também. Com o just in time, a produção é feita sob demanda. Normalmente, inclusive, os produtos são vendidos antes que sejam produzidos. A matéria-prima chega sempre no momento em que a produção precisa para iniciar a fabricação. Um dos grandes desafios desse modelo é o alinhamento da agenda de produção com fornecedores, frota de distribuidores e todos os stakeholders. Afinal de contas, se a matéria-prima não chega quando necessário, a produção para. E, da mesma forma, para que os produtos não fiquem estocados, a logística deve ser capaz de fazer entregas assim que liberados pela produção. Para empresas que possuem um fluxo de vendas variável, este modelo não é indicado. Ele também tem mais eficiência quando realizado por companhias com número pequeno de fornecedores.
Dropshipping
E, por fim, a gente apresenta um modelo de estoque bem diferente, que funciona muito para ecommerces: o dropshipping. O melhor exemplo de utilização desse tipo de gestão de estoque hoje é da Amazon. A empresa possui um número enorme de produtos disponíveis no seu site. Porém, não tem todos nos seus próprios estoques. Ela atua como vendedora, mas a responsabilidade do armazenamento e da entrega dos produtos é distribuída para outras empresas. Mesmo usando a Amazon como um grande exemplo, esse modelo já é usado há anos por canais de vendas na TV ou rádio que anunciavam produtos e terceirizavam o armazenamento do estoque e a distribuição. E então, qual desses modelos se adequa ao perfil da sua empresa? Você terceiriza o armazenamento do seu estoque? Produz sob demanda? Ou é responsável por todas as etapas, inclusive entrega dos produtos?
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